sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CÂNCER DE ESTOMAGO

O estômago é um órgão do sistema digestivo que fica entre as extremidades do esôfago e dointestino.
Câncer de Estomago
Depois de ingerido, o alimento desce pelo esôfago e passa para o estômago, onde existem glândulas que secretam enzimas para transformar o alimento em uma pasta semi-líquida, que passa para o duodeno e, em seguida, percorre o intestino.
O tecido que reveste o estômago é composto por quatro camadas: a interna, chamada mucosa, contém as glândulas secretoras de pepsina e de ácido hidroclorídrico.
A próxima camada é a submucosa, que dá sustentação à mucosa. A terceira, é formada por músculos que se contraem para ajudar os sucos gástricos a homogeneizar o alimento. A última camada, chamada serosa, recobre todo o estômago.
Possíveis causas e fatores de risco de câncer de estômago
A incidência de câncer de estômago tem diminuído consideravelmente nos últimos trinta anos, principalmente nos países ocidentais. Não se sabe bem o porquê, mas estudos têm sugerido que isso se deve ao desenvolvimento de métodos mais apropriados de conservação dos alimentos.
A ocorrência de câncer de estômago é duas vezes maior em homens do que em mulheres e costuma acometer pessoas acima de 50 anos de idade.
Suas causas exatas ainda não são conhecidas, mas pessoas que sofrem de distúrbios gástricos provocados por uma bactéria chamada Helicobacter pylorii parecem estar mais suscetíveis a desenvolvê-lo, bem como as que sofrem de anemia perniciosa, que resulta em uma deficiência de vitamina B12. A propensão hereditária de formação de pólipos no estômago também pode ser um fator de risco

SINAIS E SINTOMAS MAIS FREQÜENTES

câncer de estômago é curável, na maioria dos casos, quando detectado em sua fase inicial. Entretanto, sua detecção precoce é relativamente difícil, uma vez que no começo, não costuma apresentar sintomas.
Quando ocorrem, os mais comuns são:
Repetidos episódios de indigestão
Perda de apetite
Dificuldades para engolir
Perda de peso
Inchaço abdominal após as refeições
Náuseas constantes
Azia persistente
Sangue nas fezes ou fezes escuras demais
Estes sintomas são comuns em muitas outras situações; a maioria das pessoas que os apresentam não tem câncer de estômago. Entretanto, é importante relatá-los ao médico para tratar suas causas.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO

O diagnóstico definitivo de câncer de estômago só é possível por meio de uma biópsia. Geralmente ela é feita durante uma endoscopia, procedimento que é feito por um médico gastroenterologista, que introduz pela boca do paciente um tubo fino contendo um telescópio na extremidade que desce pelo esôfago até atingir o estômago.
Com este aparelho o médico é capaz de visualizar o interior do estômago e colher uma pequena amostra de tecido para ser examinada pelo patologista, à luz do microscópio.
Se o diagnóstico de câncer for confirmado, o médico solicitará outros exames, tais como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para verificar se o câncer se espalhou para outros órgãos.

COMO O CÂNCER DE ESTÔMAGO SE DESENVOLVE

O processo inicia-se na primeira camada do estômago - na mucosa. À medida que cresce, o tumor vai se instalando nas camadas seguintes até ultrapassar as paredes do estômago e alcançar órgãos adjacentes como o pâncreas e o baço.
Posteriormente, ele pode atingir os gânglios linfáticos mais próximos e, através da circulação linfática, instalar-se em locais mais distantes, dando origem a metástases.

TRATAMENTOS

Câncer de Estomago
O fator que determinará o tipo de tratamento a ser aplicado é o estágio da doença. Em outras palavras, vai depender de quanto o câncer evoluiu.
Cirurgia
É o método de tratamento mais importante. A extensão da operação vai depender de quanto e para onde o tumor se espalhou. Quando o tumor está restrito ao estômago, pode ser completamente removido cirurgicamente, com uma gastrectomia total ou parcial (retirada total ou parcial do estômago). Quando o tumor já atingiu outras estruturas, a cirurgia pode incluir a remoção de partes do pâncreas, baço ou fígado.
Radioterapia
Costuma ser a opção de tratamento posterior à cirurgia, quando o tumor não pôde ser completamente extraído.
Pode também ser empregado para diminuir tumores que estão obstruindo o trânsito digestivo e, ainda, para aliviar dores e sangramentos.
Quimioterapia
Até o momento, as drogas quimioterápicas conhecidas para combater o câncer de estômago não têm apresentado resultados satisfatórios, na maioria dos casos.
Algumas drogas novas estão em fase de testes, assim como o uso combinado de algumas já conhecidas. Se o seu médico considerar que o seu caso pode ser elegível para uma das pesquisas clínicas em andamento, ele irá conversar com você sobre os riscos e benefícios que você poderá obter com eles.

EPIDEMIOLOGIA

Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos. O pico de incidência se dá em sua maioria em homens, por volta dos 70 anos de idade.
Segundo a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil, publicada pelo INCA, estão previstos 23.200 novos casos de câncer de estômago no Brasil para o ano de 2006 (14.970 entre os homens e 8.230 entre as mulheres).
No resto do mundo, dados estatísticos revelam um declínio da incidência do câncer gástrico, especificamente nos Estados Unidos, Inglaterra e em outros países mais desenvolvidos.
A alta mortalidade é registrada atualmente na América Latina, principalmente nos países como a Costa Rica, Chile e Colômbia. Porém, o maior número de casos de câncer de estômago ocorre no Japão, onde encontramos 780 casos por 100.000 habitantes.

FATORES DE RISCO

Vários estudos têm demonstrado que a dieta é um fator preponderante no aparecimento do câncer de estômago. Uma alimentação pobre em vitamina A e C, carnes e peixes, ou ainda com uma alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, com corantes ou conservados no sal são fatores de risco para o aparecimento deste tipo de câncer.
Outros fatores ambientais como a má conservação dos alimentos e a ingestão de água proveniente de poços que contém uma alta concentração de nitrato também estão relacionados com a incidência do câncer de estômago.
Há também fatores de risco de origem patológica. A anemia perniciosa, as lesões pré-cancerosas como a gastrite atrófica e metaplasia intestinal e as infecções gástricas pela bactéria Helicobacter pylori podem ter fortes relações com o aparecimento desta neoplasia.
No entanto, uma lesão pré-cancerosa leva aproximadamente 20 anos para evoluir para a forma grave. Sendo assim, a medida mais eficaz para diminuir os riscos é iniciar uma dieta balanceada precocemente, ainda na infância.
Pessoas fumantes, que ingerem bebidas alcoólicas ou que já tenham sido submetidas a operações no estômago também têm maior probabilidade de desenvolver este tipo de câncer.

PREVENÇÃO

Para prevenir o câncer de estômago é fundamental uma dieta balanceada composta de vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras. Além disso, é importante o combate ao tabagismo e diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas.

DETECÇÃO PRECOCE

A detecção precoce pode ser feita por rastreamento populacional, através de exame radiológico contrastado do estômago. Este procedimento é indicado somente para pessoas que residem em áreas com elevado índice de incidência e mortalidade, como o Japão.
No entanto, ao sentir sintomas digestivos como dor de estômago, saciedade precoce ou vômitos, inclusive hemorrágicos, procure um médico.

SINTOMAS

Não há sintomas específicos do câncer de estômago. Porém, algumas características como perda de peso, anorexia, fadiga, sensação de plenitude gástrica, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente podem indicar uma doença benigna ou mesmo o câncer de estômago.
Massa palpável na parte superior do abdome, aumento do tamanho do fígado e presença de linfonodo (íngua) na região supraclavicular esquerda (região inferior do pescoço) e nódulos periumbilicais indicam o estágio avançado da doença.
Sangramentos gástricos são incomuns em lesões malignas, entretanto, a hematemese (vômito com sangue) ocorre em cerca de 10 a 15% dos casos de câncer de estômago.

DIAGNÓSTICO

Um número elevado de casos de câncer de estômago é diagnosticado em estágio avançado devido aos sintomas vagos e não específicos. Embora a taxa de mortalidade permaneça alta, um significativo desenvolvimento no diagnóstico deste tipo de câncer permitiu a ampliação do número de detecções de lesões precoces.
Atualmente são utilizados dois exames na detecção deste tipo de câncer: a endoscopia digestiva alta, o método mais eficiente, e o exame radiológico contrastado do estômago. A endoscopia permite a avaliação visual da lesão, a realização de biópsias e a avaliação citológica da mesma.
Através da ultrassonografia endoscópica é possível avaliar o comprometimento do tumor na parede gástrica, a propagação a estruturas adjacentes e os linfonodos.

Câncer de boca

Este tipo é um de câncer dos menos freqüentes, representando menos de 5% do total da incidência de câncer no mundo.
No Brasil, ele assume importância por causa do câncer de lábio, uma vez que se trata de um país tropical que sustenta também em sua economia atividades rurais nas quais os trabalhadores ficam expostos de forma continuada à luz solar.
O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior.
O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra. Assim, é mais comum em indivíduos do sexo masculino acima de 50 anos, apesar do acentuado aumento de sua incidência em mulheres e adultos jovens. 

Fatores de Risco

Os principais fatores de risco são o tabagismo (fumar cigarro de papel, palha ou cachimbos) e o consumo de bebidas alcoólicas associados ou não a trauma crônico (uso de próteses dentárias mal-ajustadas), má higiene oral, baixo consumo de caroteno e história familiar de câncer.

Sintomas

O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais com menos de 2 cm de diâmetro e indolores, podendo sangrar ou não, e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade de fala, mastigação e deglutição, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (íngua no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.

Prevenção e Diagnóstico Precoce

O auto-exame da boca deve ser realizado a cada seis meses. Homens com mais de 40 anos de idade, fumantes e portadores de próteses mal ajustadas e dentes fraturados devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados, realizar o auto-exame da boca e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.
Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa).
O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.

O Auto-Exame da Boca

O auto-exame deve ser feito em um local bem iluminado, diante do espelho. O objetivo é identificar lesões precursoras do câncer de boca. Devem ser observados sinais como mudança na cor da pele e mucosas, endurecimentos, caroços, feridas, inchações, áreas dormentes, dentes quebrados ou amolecidos e úlcera rasa, indolor e avermelhada.
Atenção!
Lave bem a boca e remova próteses dentárias se for o caso.
De frente para o espelho, observe a pele do rosto e do pescoço. Veja se encontra algum sinal que não tenha notado antes. Toque suavemente com as pontas dos dedos todo o rosto.
Puxe com os dedos, o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna (mucosa). Em seguida, apalpe todo o lábio. Puxe o lábio superior para cima e repita a palpação.
auto-exame de boca
Com a ponta do dedo indicador, afaste a bochecha para examinar a parte interna da mesma. Faça isso nos dois lados.
Com a ponta do dedo indicador, percorra toda a gengiva superior e inferior.
auto-exame de boca
Introduza o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo e procure palpar todo o assoalho da boca.
Incline a cabeça para trás e abrindo a boca o máximo possível, examine atentamente o céu da boca. Palpe com o dedo indicador todo o céu da boca. Em seguida diga ÁÁÁÁ... E observe o fundo da garganta.
auto-exame de boca
Ponha a língua para fora e observe a parte de cima. Repita a observação com a língua levantada até o céu da boca. Em seguida puxando a língua para esquerda, observe o lado esquerdo da mesma. Repita o procedimento para o lado direito.
Estique a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano, apalpe em toda a sua extensão com os dedos indicadores e polegar da outra mão.
Examine o pescoço. Compare os lados direito e esquerdo e veja se há diferenças entre eles. Depois, apalpe o lado esquerdo do pescoço com a mão direita. Repita o procedimento para o lado direito, palpando com a mão esquerda. Veja se existem caroços ou áreas endurecidas.
Finalmente, introduza o polegar por debaixo do queixo e apalpe suavemente todo o seu contorno inferior.

O que procurar?

  • Mudanças na aparência dos lábios e da porção interna da boca
  • Endurecimentos
  • Caroços
  • Feridas
  • Sangramentos
  • Inchações
  • Áreas dormentes
  • Dentes amolecidos ou quebrados
Faça o auto-exame da boca mensalmente.

Prevenção

1 - evitar fumo e álcool;
2 - evitar exposição continuada aos raios solares;
3 - evitar traumas crônicos na mucosa bucal, tais como: prótese mal adaptada, coroas dentais fraturadas, raízes residuais, etc;
4 - manter higienização adequada, escovando os dentes no mínimo 4 vezes ao dia, principalmente após a ingestão de qualquer alimento, fazer uso do fio dental e se auto-examinar continuadamente conforme descrição acima citada;
5 - fazer alimentação balanceada e completa evitando fazer uso do açúcar em excesso (prevenção da cárie) e, principalmente, fora das refeições;
6 - procurar seu Dentista ou Médico em caso de aparecimento de qualquer lesão que não regrida no espaço de 7/14 dias;

Diagnóstico

A confirmação diagnóstica é feita através de biópsia.
Os Raios X podem ser úteis para averiguar o comprometimento de ossos como a mandíbula.

Tratamento

A cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Em se tratando de lesões iniciais, ou seja, restritas ao local de origem, sem extensão a tecidos ou estruturas vizinhas e muito menos a linfonodos regionais ("gânglios"), e dependendo da sua localização, pode-se optar ou pela cirurgia ou pela radioterapia, visto que ambas apresentam resultados semelhantes, expressos por um bom prognóstico (cura em 80% dos casos).
Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, associada ou não à radioterapia.
Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos "gânglios"), indica-se o esvaziamento cervical do lado afetado, sendo o prognóstico do caso bastante reservado. A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu sobremaneira, com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, permitindo largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, são ainda grandes e o prognóstico dos casos, intermediário.
A quimioterapia é empregada nos casos avançados, visando à redução do tumor, a fim de possibilitar o tratamento posterior pela radioterapia ou cirurgia. O prognóstico nestes casos é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de controlar-se totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.

As fotos expostas a seguir são verdadeiras e podem chocar algumas pessoas.
Lesão precursora de câncer – Leucoplasia
Lesão precursora de câncer - Leucoplasia
Lesão precursora de câncer – Eritroplasia
Lesão precursora de câncer - Eritroplasia
Lesão escura
Lesão Escura
Lesão Labial
Lesão Labial
Câncer de Lábio
Câncer de Lábio
Câncer de Língua
Câncer de Língua
Câncer de Língua
câncer de língua

Câncer de Pele


Prevenir-se é muito fácil


O que é o Câncer da Pele?

O câncer da pele é um tumor formado por células da pele que sofreram uma transformação e multiplicam-se de maneira desordenada e anormal dando origem a um novo tecido (neoplasia). Entre as causas que predispõem ao início desta transformação celular aparece como principal agente a exposição prolongada e repetida à radiação ultra-violeta do sol.
O câncer da pele atinge principalmente as pessoas de pele branca, que se queimam com facilidade e nunca se bronzeiam ou se bronzeiam com dificuldade. Cerca de 90% das lesões localizam-se nas áreas da pele que ficam expostas ao sol, o que mostra a importância da exposição solar para o surgimento do tumor. A proteção solar é, portanto, a principal forma de prevenção da doença.

Como fazer para evitar o câncer da pele?

A exposição prolongada e repetida da pele ao sol causa o envelhecimento cutâneo além de predispor a pele ao surgimento do câncer. Tomando-se certos cuidados, os efeitos danosos do sol podem ser atenuados. Aprenda a seguir como proteger sua pele da radiação solar.
  • use sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 15, aplicando-o generosamente pelo menos 20 minutos antes de se expor ao sol e sempre reaplicando-o após mergulhar ou transpiração excessiva. (saiba mais sobre filtros solares e FPS)
  • use chapéus e barracas grossas, que bloqueiem ao máximo a passagem do sol. Mesmo assim use o filtro solar pois parte da radiação ultra-violeta reflete-se na areia atingindo a sua pele.
  • evite o sol no período entre 10 e 15 horas.
  • a grande maioria dos cânceres de pele localizam-se na face, proteja-a sempre. Não esqueça de proteger os lábios e orelhas, locais comumente afetados pela doença.
  • procure um dermatologista se existem manchas na sua pele que estão se modificando, formam "cascas" na superfície, sangram com facilidade, feridas que não cicatrizam ou lesões de crescimento progressivo.
  • faça uma visita anual ao dermatologista para avaliação de sua pele e tratamento de eventuais lesões pré-cancerosas.
Estas recomendações são especialmente importantes para as pessoas de pele fototiposI e II, as quais devem evitar qualquer tipo de exposição ao sol sem proteção.

Quando começar a proteção solar?

Comece o quanto antes. Cerca de 75% da radiação solar recebida durante a vida ocorre nos primeiros 20 anos. Os efeitos da radiação ultra-violeta só se manifestam com o passar do tempo. As lesões começam a aparecer na maioria das vezes ao redor dos 40 anos . Portanto, proteja as crianças e estimule os adolescentes a se protegerem.

Os tipos mais comuns de câncer de pele

São três os tipos mais frequentes. Eles se originam de diferentes células que compõem pele.
- Carcinoma Basocelular: originado das células da camada basal, é o mais frequente e com o menor potencial de malignidade. Seu crescimento é lento e muito raramente se dissemina à distância.
foto
Pode se manifestar de várias maneiras, a da foto acima é apenas uma delas. Feridas que nao cicatrizam ou lesões que sangram com facilidade devido a pequenos traumatismos, como o roçar da toalha, podem ser um carcinoma basocelular. 
- Carcinoma Espinocelular: originado das células da camada espinhosa, tem crescimento mais rápido e as lesões maiores podem enviar metástases à distância. Também conhecido como carcinoma epidermóide, é bem menos frequente que o basocelular.
foto
É comum acometer áreas de mucosa aparente, como a boca ou o lábio, cicatrizes de queimaduras antigas ou áreas que sofreram irradiação (raios X).
Pode ocorrer também a partir de ceratoses actínicas, que são lesões pré-cancerosas decorrentes da exposição prolongada e repetida da pele ao sol. 
- Melanoma: originado das células que produzem o pigmento da pele (melanócitos), é o câncer de pele mais perigoso. Frequentemente envia metástases para outros órgãos, sendo de extrema importância o diagnóstico precoce para a sua cura.
O melanoma pode surgir a partir da pele sadia ou a partir de "sinais" escuros (os nevos pigmentados) que se transformam. Apesar de ser mais frequente nas áreas da pele comumente expostas ao sol, o melanoma também pode ocorrer em áreas de pele não expostas. Pessoas que possuem sinais escuros na pele devem se proteger dos raios ultra violeta do sol, que podem estimular a sua transformação.
Por isso, qualquer alteração em sinais antigos, como: mudança da cor, aumento de tamanho, sangramento, coceira, inflamação, surgimento de áreas pigmentadas ao redor do sinal justifica uma consulta ao dermatologista para avaliação da lesão. Além disso, algumas características dos sinais podem recomendar o exame, portanto conheça o ABCD do melanoma:
  • Assimetria: formato irregular
  • Bordas irregulares: limites externos irregulares
  • Coloração variada (diferentes tonalidades de cor)
  • Diâmetro: maior que 6 milímetros
foto
A foto acima representa um melanoma em fase inicial (melanoma "in situ"), com todas as características acima descritas. Nesta fase, o melanoma ainda está restrito à camada mais superficial da pele, quando ainda não emite metástases para outros órgãos e pode ser curado pela retirada cirúrgica da lesão. 
Como é feito o tratamento do câncer de pele?
O tratamento é cirúrgico na maioria das vezes ou através da destruição das lesões por radioterapia ou criocirurgia com nitrogênio líquido.
Quanto antes a lesão for retirada, maior a chance de se curar a doença e de se evitar a disseminação de células cancerosas para outros órgãos (metástases), muito rara nos casos de carcinoma basocelular mas muito frequente nos casos de melanomas não tratados. Por isso, se você tem uma lesão suspeita, procure um dermatologista.


Não tenha medo do diagnóstico. Ele salva vidas.

Procure seu dermatologista se você tem alguma lesão suspeita na sua pele. Não deixe de ir por medo de saber o nome da sua doença.

O câncer da pele pode e deve ser tratado e o diagnóstico precoce é muito importante para se obter a cura. Além disso, o tratamento das lesões pré-malignas, que podem dar origem ao câncer da pele, ajuda a preveni-lo.